O movimento sindical já vinha se mobilizando contra o anúncio do presidente do Bradesco, Octávio de Lazari, que este ano iria fechar mais de 400 agências no país, em julho deste ano.
Desta vez, a agência de Itajuípe foi transformada em Unidade de Negócios, o que gerou demissão no quadro de terceirizados: quatro vigilantes perderam o emprego. O gerente do banco garantiu ao Sindicato que não haverá demissão de bancários, mas ainda não sabemos o destino dos funcionários que trabalhavam nos caixas.
Essa reestruturação causa transtornos enormes tanto para o atendimento, quanto para o quadro de funcionários. Caso os clientes da agência precisem fazer depósitos em cheque ou saques com valores altos, terão que se deslocar para Itabuna. Tal demanda contribui diretamente para superlotação dessas agências.
A superlotação deverá acontecer também no Banco do Brasil, que será a única agência presente na cidade e responsável por gerir uma demanda enorme advinda do Bradesco.
Além disso, a segurança é uma das principais preocupações. Sem caixas para realizar serviços com numerário, o banco decidiu tirar as portas giratórias. Ou seja, além da falta dos vigilantes, a unidade não contará com esta proteção necessária para os funcionários.
O Sindicato iria participar de uma reunião entre o gerente do banco, a superintendência regional (através de seu assessor) e o prefeito da cidade, mas o encontro foi antecipado sem a nossa presença e sem nos avisar.
Com R$ 6,88 bilhões de lucro no semestre, é injustificável a postura do Bradesco que promete intensificar ainda mais a política de reestruturação e fechamento das agências no país. Mas, como já adiantamos, esta é uma estratégia do banco a nível nacional.
O Sindicato acompanha de perto essa transação. A luta é para que não haja nenhuma demissão de bancários ao longo do processo e cobra que medidas de segurança sejam tomadas para resguardar os funcionários do banco.