Não é novidade que a desigualdade racial no Brasil está longe de deixar de existir. Os trabalhadores brancos ganham, em média, 69,3% mais do que os negros e pardos, considerando o mesmo número de horas trabalhadas. Inacreditável.
O número de pessoas que declaram de cor preta ou parda em atividades que exigem menos instrução escolar e salários mais baixos é bem maior do que de brancos. O negro é maioria na agropecuária, com percentual de 62,7%. Em seguida na construção, com 65,2%, e nos serviços domésticos 66,6%. Já os brancos atuam de forma predominante em cargos nas áreas financeiras, da informação e outras atividades com rendimento superior e maior estudo.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua de 2012 a 2019, sintetizados na pesquisa anual Síntese dos Indicadores Sociais pelo IBGE, com informações coletadas no ano passado. O estudo revelou ainda que, quando analisada a faixa de 18 a 24 anos, o jovem branco tem, aproximadamente, duas vezes mais chances de frequentar ou já ter concluído o ensino superior do que um negro. (SBBA)