O cenário de desemprego no Brasil só piorou com a pandemia de Covid-19. Segundo pesquisa do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa), a situação será ainda pior, já que será necessário reinserir até 15 milhões de trabalhadores no mercado de trabalho após o fim da crise de saúde causado pelo coronavírus.
Enquanto o governo federal não investe recursos em um programa pós-pandemia, o número de trabalhadores que podem voltar a buscar emprego nos próximos meses irá aumentar. Caso não sejam devidamente alocados no mercado, acabarão entrando nas estatísticas de pobreza no Brasil.
Com base nos dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, mais de 11 milhões de pessoas perderam os empregos, tanto formais quanto informais, desde o início da pandemia. Dentro deste número, milhares de pessoas deixaram de procurar trabalho e não são contabilizadas pela metodologia do IBGE.
Com o fim definitivo do auxílio emergencial, conforme anunciado pelo governo de Jair Bolsonaro, todo este contingente voltará a buscar emprego. O benefício pode até ter data para acabar, porém a pandemia ainda existe, com um aumento significativo do número de casos, o que pode representar uma segunda onda da doença. (SBBA)