O governo Bolsonaro prometeu aumentar a cobertura do Bolsa Família. Conversa fiada. Com o fim do auxílio emergencial, a política de austeridade ficou mais evidente com a retirada da renda de mais de 40 milhões de lares em situação de extrema pobreza.
Para este mês está prevista a menor cobertura desde o início da pandemia do novo coronavírus, quando o programa atendia de 14,232 milhões de famílias. Eram 14,273 milhões no final de 2020. No projeto do Orçamento de 2021, chegou a projetar que 15,2 milhões de famílias receberiam a transferência de renda. Conversa fiada.
O benefício médio a ser pago por residência também deve sofrer queda. Antes da crise sanitária, cada lar recebia R$ 201,58, em valor corrigido pela inflação de março a dezembro. Agora, vai ficar em R$ 190,57.
Enquanto 1,4 milhão de famílias estão na fila de espera do Bolsa Família, o Ministério da Cidadania declara que só pode atender o número que cabe no orçamento. Quem não for contemplado terá que se virar para não morrer de fome, levar comida para mesa e ainda entrar pagar as contas sem a menor ajuda do governo federal. (SBBA)