Mais ricos saem ilesos da pandemia de Covid-19

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A pandemia de Covid-19 reforçou ainda mais as desigualdades sociais. O vírus não escolhe as vítimas, mas tem efeitos totalmente distintos, a depender da classe que o indivíduo pertence. Enquanto as 1 mil pessoas mais ricas do mundo levarão apenas nove meses para ver as fortunas retornarem aos níveis pré-crise, os mais pobres vão levar 14 vezes mais, ou seja, mais de 10 anos para repor as perdas.

A constatação está no relatório O Vírus da Desigualdade, que revela que em fevereiro de 2020, o valor da fortuna dos mais ricos representava 100%. Em março caiu para 70,3% e em novembro voltou para os 100%.

Em todo o mundo, a riqueza total dos bilionários é de US$ 11,95 trilhões, o equivalente ao que os governos do G20 gastaram para enfrentar a pandemia. Os ricaços acumularam US$ 3,9 trilhões entre 18 de março e 31 de dezembro de 2020.

Somente os 10 maiores bilionários acumularam US$ 540 bilhões de março a dezembro. Com o valor, daria para pagar pela vacina contra o coronavírus para todo o mundo e assegurar que ninguém chegue à situação de pobreza.

Enquanto acentua as desigualdades, a pandemia deu início a uma crise no emprego, de acordo com a Oxfam. É a pior em mais de 90 anos. A OIT (Organização Internacional do Trabalho) estima que cerca de 500 milhões de pessoas encontram-se subempregadas ou sem emprego, enfrentando miséria e fome. (SBBA)

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