Os sindicatos que representam os trabalhadores retomaram ontem (09/02), as negociações com o Banco do Brasil sobre as reestruturações que o banco pretende realizar. No encontro que teve a mediação do MPT (Ministério Público do Trabalho), foi reivindicada a suspensão do descomissionamento de caixas e solicitado informações sobre o novo processo de reestruturação do Banco do Brasil.
Na primeira parte da reunião, o banco apresentou uma proposta de prorrogação de 30 dias no processo de retirada da gratificação dos caixas, mas condicionou a proposta à assinatura por todas as entidades do acordo de compensação de horas em decorrência da pandemia e do Acordo de CCP (Comissão de Conciliação Prévia). O banco também exige a retirada de ações judiciais em andamento contra o banco.
A proposta foi recusada já que não é possível aceitar que o banco condicione a proposta a questões que não têm nenhuma ligação com o assunto em mediação. Além disso, o banco aceita prorrogar a gratificação por apenas 30 dias, e se negou se negou a listar as agências que serão fechadas, deixando trabalhadores e municípios apreensivos.
Manifestação e paralisação nas atividades
Em decorrência da tentativa do governo em desmontar o Banco do Brasil, os funcionários decidiram em assembleia cruzar os braços. A paralisação na abertura das atividades em uma hora, realizada hoje (10), visa protestar contra o plano de reestruturação anunciado pela instituição financeira. Em Itabuna, houve manifestação na frente do BB, na Praça Olinto Leone, às 10h.
A manifestação contou com os empregados do banco, diretores do Sindicato e da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, além de sindicatos coirmãos e de partidos políticos.
O movimento sindical não aceita o fechamento de diversas agências que irá prejudicar não só funcionários e clientes, como também, vários municípios. Vale lembrar que muitas cidades brasileiras têm somente uma agência do Banco do Brasil. A ação pode prejudicar toda a economia dos municípios.
Além disso, haverá demissões de terceirizados, como vigilantes, agentes financeiros e de serviços gerais, como também, o aumento da precarização do atendimento bancário. Esta é uma situação delicada e que todo movimento sindical se une em favor da soberania nacional e das instituições públicas.
*Da redação com SBBA