Diante da falta de responsabilidade e sensibilidade dos bancos privados, que promovem milhares de demissões em plena pandemia de Covid-19, as agências registram superlotação de clientes e longas filas.
Apenas no Bradesco, por exemplo, mais de 2,5 mil pais e mães de famílias foram dispensados. A falta de funcionários tem deixado as unidades lotadas todos os dias, diferentemente do que a população está acostumada. Normalmente, o movimento com maior número de correntistas é no início e final do mês.
O Bradesco ainda pretende fechar mais 450 agências em todo país este ano, o que agrava a situação. Somado ao corte efetuado no ano passado, são 1.533 unidades no total – uma queda de 34,2% em relação ao tamanho da rede em 2019, que contava com 4.478 agências.
A situação não é muito diferente nos demais bancos privados, que seguem a mesma política: enxugar o quadro de pessoal e fechar agências para reduzir os custos e aumentar a lucratividade.
Os quatro gigantes do sistema financeiro, Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil – que passa por processo de reestruturação com fechamento de unidades e demissões – lucraram R$ 65,727 bilhões em 2020. Apesar das cifras altíssimas, a responsabilidade social passa muito longe. É só exploração. (SBBA)