Para criação de uma Medida Provisória, cujo objetivo é o retorno do auxílio emergencial, o governo Bolsonaro tem se articulado nos bastidores do Congresso Nacional. Entretanto, junto com o benefício, será apresentada também uma proposta de ajuste fiscal unindo as PECs Emergencial e do Pacto Federativo, que estão no Senado.
A nova versão do auxílio emergencial será de três parcelas de até R$ 250,00, valor bem inferior ao pago durante a primeira parte do programa. A oposição mantém a pressão pelo valor R$ 600,00 por mais seis meses, no mínimo, já que o país passa pelo mais grave momento da pandemia de coronavírus.
A equipe de Bolsonaro, com a supervisão do ministro da Economia, Paulo Guedes, perpetua a lógica de austeridade fiscal. O governo também ignora o contexto trágico, que tem sido incapaz de promover o crescimento e o equilíbrio fiscal, além de aprofundar ainda mais as desigualdades sociais.
Para piorar, o novo presidente da Câmara Federal, Arthur Lira, tem tentado impor rapidez às prioridades de Guedes. E nesse combo estão as reformas administrativa e tributária, autonomia do Banco Central, além das privatizações, para acabar de vez com o patrimônio público do país. (SBBA)