Ignorando solenemente o discurso negacionista do presidente Jair Bolsonaro diante da pandemia, 84% dos brasileiros pretendem se vacinar contra a Covid-19. O percentual cresceu em relação a janeiro, quando era de 79%. É o que aponta a pesquisa Datafolha divulgada ontem (21) pelo jornal Folha de S.Paulo.
O crescimento, de cinco pontos percentuais, é maior que a margem de erro do levantamento, que é de dois pontos para mais ou para menos. A pesquisa foi realizada com 2.023 brasileiros adultos, que possuem telefone celular, em todas as regiões e estados do país, entre os dias 15 e 16 de março. Ainda segundo a pesquisa, 9% não se vacinaram e não pretendem se imunizar, 5% já se vacinaram e 2% não responderam.
A intenção de se vacinar é maior entre as mulheres (86%) do que entre os homens (82%). O levantamento mostra que a intenção de se vacinar cresce de acordo com os níveis de renda e escolaridade. Entre os brasileiros que ganham até 2 salários mínimos, o percentual é de 84%, enquanto entre os que recebem mais de 10 salários, de 88%.
Entre os brasileiros que estudaram até o ensino fundamental, o percentual que pretende se vacinar é de 81%, contra 86% dos que concluíram o ensino superior. O percentual dos que pretendem se vacinar é maior entre os que avaliam o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como ruim ou péssimo: 89%, ante 84% na média da população. Porém, mesmo quem avalia o governo como bom ou ótimo, 76% se vacinação.
O Datafolha também questionou se a vacinação contra o novo coronavírus deveria ser obrigatória ou não. Entre os brasileiros, 70% defendem a obrigatoriedade (eram 55% em janeiro), ao passo que 30% acham que a vacinação não deveria ser obrigatória.
Até sábado (20), 5,54% da população brasileira – ou 11.721.357 de pessoas – havia recebido a primeira dose da vacina contra a Covid-19. A segunda dose foi aplicada em 1,96% (4.140.109 milhões). Os dados são do consórcio de veículos de imprensa.
Portal Vermelho com informações da Folha e do G1