A Caixa lucrou mais de R$ 13 bilhões em 2020, em um cenário de pandemia. A carteira de clientes cresceu em mais de 42,6 milhões, assim como a oferta de crédito, o que mostra a importância do banco 100% público para o país.
Mais de 100 milhões de pessoas passaram pelas agências bancárias para receber o auxílio emergencial ou outros benefícios sociais. Embora os números sejam positivos, o quadro de pessoal segue caindo.
A instituição financeira fechou 2.611 postos de trabalho em 12 meses e encerrou 2020 com 81.945 empregados. Em 2014, eram 101,5 mil trabalhadores. Os dados ajudam a explicar o alto índice de adoecimento. Pesquisa feita entre os gestores revela que 98% se queixam de algum problema de saúde de ordem psíquica.
Não é para menos. Os bancários estão extremamente sobrecarregados. Além da alta demanda de atendimento precisam cumprir as metas absurdas impostas pela empresa, sob pena de sofrerem alguma retaliação. O cenário é realmente desumano.
Contratações
Pressionada, a direção da Caixa anunciou a contratação de 7,7 mil trabalhadores. Desses, 2.766 são bancários, 1.162 estagiários, 2.320 vigilantes e 1.456 recepcionistas. Mas, a quantidade é insuficiente para suprir a demanda e diminuir a sobrecarga.
Os sindicatos lutam para que o banco convoque os aprovados no último concurso de 2014. Até agora, menos de 10% dos mais de 30 mil aprovados foram chamados. (SBBA)