Após quatro horas, a reunião entre a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e a Caixa terminou sem nenhum avanço relevante. Sobre a PLR Social, a Caixa reconhece que pagou apenas 3%, mas insiste que está de acordo com o que foi acertado no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), o que não é verdade, e que cumpre determinação da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest).
Diante do impasse, não restou alternativa aos empregados, senão judicializar a questão.
Sobre as faltas do dia 27de abril, a empresa também não aceitou mudar de posição, mantendo o registro no ponto como falta não justificada, o que implica em descontar três dias e incidência na vida funcional. O tema também terá de ser judicializado.
Vacinas
A CEE denunciou ainda a descumprimento dos protocolos de prevenção a Covid-19 em alguns locais de trabalho. A Caixa informou que está mantida as regras atuais e que vai apurar as denúncias apresentadas.
A Caixa informou ainda que a vacinação contra a Covid está sendo tratada pela Fenaban com o Ministério da Saúde. Indagada sobre a possibilidade do presidente da Caixa, que tem tanta proximidade com o presidente Bolsonaro, ajudar no sentido da nossa inclusão entre as categorias essenciais, limitou-se a repetir que o tema está sendo tratado pela Fenaban.
Em relação a vacina contra a gripe H1N1, informou que aguarda o resultado da licitação e que já autorizou a possibilidade dos bancários receberem reembolso, porém limitado a um valor bem abaixo do que se encontra no mercado. E reafirmou que por ser uma medida preventiva não inclui os aposentados.
Teletrabalho
A CEE cobrou mais uma vez que a Caixa encaminhe a minuta da sua proposta de regramento do Teletrabalho e a Caixa se comprometeu a enviar, mas não definiu uma data para isso.
Não houve tampo para discussão dos diversos temas que dizem respeito às condições de trabalho, mas a Caixa se comprometeu a responder por escrito e propôs uma nova reunião específica sobre o tema de saúde do trabalhador, porém também não definiu a data.
Por outro lado, as informações passadas pelos sindicatos dão conta de que o dia de mobilizações foi um sucesso, com boa adesão da categoria e com a realização de centenas de manifestações em todo país.
Diante dessa situação, a CEE orienta os empregados a manter o Estado de Greve e irá se reunir para definir os próximos passos.
Para o Secretário Geral da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza, que participou da reunião, “a Caixa mais uma vez perde a oportunidade de fazer um gesto de valorização de seus empregados. Somos essenciais na hora de atender a população e bater metas, mas não temos nenhum valor para a direção da empresa quando se trata de pagar a PLR Social integral, oferecer as vacinas e condições dignas de trabalho”. (Feeb Ba/Se)