O presidente Bolsonaro (sem partido) tem a aprovação de apenas 24% dos brasileiros, a pior marca de seu mandato, segundo pesquisa do instituto Datafolha. No mesmo levantamento, 54% dizem que não votariam nele de jeito nenhum numa corrida presidencial liderada pelo ex-presidente Lula. O petista alcança 41% das intenções de voto no primeiro turno, contra 23% de Bolsonaro.
“A série histórica da pesquisa mostra que, de dezembro para cá, a popularidade de Bolsonaro derreteu. A fatia de ótimo ou bom, que no último mês de 2020 atingia o recorde de 37%, foi caindo paulatinamente até chegar ao atual patamar de 24% (queda de 13 pontos percentuais)”, diz reportagem de Joelmir Tavares do UOL.
Os que rejeitam o governo, considerando-o ruim ou péssimo, eram 44% e são 45% na nova pesquisa, realizada entre esta terça-feira (11) e esta quarta (12), com 2.071 entrevistas presenciais em 146 municípios de todo o Brasil. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
O governo atual, que assumiu o Palácio do Planalto em janeiro de 2019, é avaliado como regular por 30% dos entrevistados, percentual maior do que os 24% de março; 1% não opinou.
A provação de Bolsonaro é mais elevada entre os homens (29% deles consideram o governo ótimo ou bom) do que entre as mulheres (entre elas, a porcentagem cai para 21%).
“No recorte por idade, o governo possui o pior desempenho entre os cidadãos mais jovens. Entre pessoas com 16 a 24 anos, apenas 13% acham a gestão ótima ou boa. O maior índice de aprovação é encontrado na faixa dos que têm 60 anos ou mais, em que 29% expressam opinião positiva. Já a classificação por escolaridade demonstra impopularidade maior entre os que estudaram mais. Enquanto entre os brasileiros com ensino superior chega a 57% a taxa de ruim ou péssimo, o percentual despenca para 40% entre as pessoas que têm só o ensino fundamental”, revela a reportagem.
Já entre os que se encontram na faixa acima dos dez salários mínimos mensais 63% consideram o governo ruim ou péssimo. O percentual recua para 45% entre os mais pobres (com até dois salários), se mantém nos 45% no grupo de dois a cinco salários e chega a 47% no de cinco a dez.
Os números são diferenciados quando o recorte é feito por região daqueles que avaliam o governo Bolsonaro ruim ou péssimo: Nordeste (51%), Sudeste (47%), Centro-Oeste/Norte (31%) e Sul (29%).
Quanto à corrida presidencial, Lula ampliaria ainda mais sua margem se disputar com Bolsonaro um segundo turno. A pesquisa aponta que ele teria nessa etapa 55% contra 32% do atual presidente.
Trata-se da primeira pesquisa de intenção de voto do Datafolha feita desde que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin anulou as condenações judiciais do petista, com a justificativa de que a Justiça Federal em Curitiba não era o foro competente para as ações.
A decisão de Fachin depois foi referendada pelo plenário do STF, que deu a Lula outra vitória relacionada à Lava Jato: o reconhecimento de que o ex-juiz Sergio Moro foi parcial ao condenar o petista no caso do tríplex de Guarujá (SP).
Fonte: Portal Vermelho