A reforma da Previdência do governo Bolsonaro só trouxe prejuízos ao trabalhador brasileiro, principalmente às mulheres, aos mais pobres com menos contribuições previdenciárias, jovens e pessoas menos qualificadas. Para agradar ao mercado, tornou a aposentadoria praticamente impossível.
O governo conseguiu tirar o direito de aposentadoria por tempo de contribuição de, pelo menos, 100 mil mulheres no país. Um total de 385 mil trabalhadoras se aposentaram por tempo de contribuição em 2019, ano que as regras foram aprovadas. Em 2020, apenas 293 mil mulheres conseguiram aposentadoria por meio do critério de tempo de contribuição ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
A justificativa era de que a reforma reduziria o déficit nas contas da Previdência Social. No entanto, o trabalhador paga a conta. Se antes uma mulher com 30 anos de contribuição poderia se aposentar, depois da alteração precisa ter 62 anos.
A participação das mulheres, em 2019, era de 40,5% do total das aposentadorias por tempo de contribuição. Já os homens participavam com somente 59,5%. Como reflexos da reforma da Previdenciária, atrelados às consequências da pandemia, como o desemprego, a participação delas mulheres foi de 35,2% e a deles 64,8% em 2020.
Fonte: SBBA