Os bancários estão diariamente expostos à Covid-19, trabalhando sem parar desde o início da pandemia, em março do ano passado. O número de trabalhadores contaminados é alto. Diante do grave cenário nas agências, sindicatos de todo o país realizam, nesta quinta-feira (27/05), um Dia Nacional de Luta pela vacinação.
O objetivo é aumentar a pressão pela inclusão dos trabalhadores das unidades no PNI (Plano Nacional de Imunização) e pela aceleração na campanha de vacinação. Os trabalhadores devem fazer manifestações nas redes sociais e marcar os governos dos estados. Paralelamente, ocorrem propostos nas agências.
Os trabalhadores das agências prestam serviço essencial para a sociedade brasileira, garantindo o pleno funcionamento da economia. É justo que façam parte do grupo prioritário.
Desligamento por mortes
Os dados servem de alerta para os governos federal, estadual e municipal. No primeiro trimestre de 2020 foram registrados 55 desligamentos por mortes na categoria bancária. No mesmo período deste ano foram 152, alta de 176,4%. O agravamento da pandemia do coronavírus no país pode explicar essa explosão de óbitos.
De acordo com dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), a alta no número de óbitos segue a mesma tendência em todas as categorias, com crescimento de 71,6% na comparação com os primeiros trimestres de 2020.
No entanto, chama a atenção o salto maior entre os bancários. Embora esteja altamente exposta, a categoria não foi incluída pelo governo Bolsonaro no grupo prioritário do PNI (Plano Nacional de Imunização). Uma incoerência.
Para completar, a lentidão da vacinação dificulta o controle da pandemia e eleva o risco de mais contaminação entre os trabalhadores das agências. O clima nas unidades é de apreensão. E não é para menos. (SBBA)