GOVERNO BOLSONARO DESTRÓI CONQUISTAS AMBIENTAIS DO BRASIL

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O Brasil já foi considerado uma potência ambiental, mas desde a ascensão de Jair Bolsonaro, sua política de proteção foi desmantelada. Dia 05 de junho comemoraríamos o Dia Internacional do Meio Ambiente, mas o país nada tem a celebrar: relatos de invasões e violência em unidades de conservação e terras indígenas dominam os noticiários; alertas de desmatamento registrados via satélite mostram alta de 41% no mês de maio em relação ao mesmo período de 2020.
Logo após anunciar na Cúpula de Líderes do Clima (23/04) que dobraria o investimento em programas de fiscalização para o combate ao desmatamento ilegal na Amazônia, o presidente vetou cerca de R$ 240 milhões do Orçamento da União para ações do Ministério do Meio Ambiente.
Do Instituto Chico Mendes de Preservação da Biodiversidade (ICMBio), que administra e protege as mais de 300 unidades de conservação espalhadas pelo país, Bolsonaro vetou R$ 7 milhões. O presidente ainda cortou R$ 4,5 milhões do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima. E na área que abriga o programa para melhoria da qualidade ambiental urbana, R$ 203 milhões.
“Estamos indo na contramão de tudo o que foi construído pelo Brasil durante muitos anos. É muito difícil construir a solidez das politicas ambientais, preservar e implementar. Mas desmontar é muito rápido. E recuperar isso talvez seja um exercício hercúleo”, afirma Thelma Krug, pesquisadora aposentada do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Com a redemocratização, as últimas décadas foram marcadas pela criação e implementação de políticas ambientais no país que detém a maior floresta tropical do mundo e que, ao mesmo tempo, é um dos maiores produtores de commodities agrícolas.
Especialistas e pesquisadores são unânimes: o movimento agora é no sentido contrário. “É a primeira vez que temos um período em que o governo age deliberadamente contra a agenda ambiental. Essa que é a novidade”, pontua Azevedo.

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