O Encontro definiu uma minuta de reivindicações com demandas que um banco como o Mercantil, com boa saúde financeira, já deveria ter atendido. Os funcionários cobram questões básicas como instalação de painéis de acrílico nas agências para preservar bancárias e bancários do contágio da Covid-19, maior valorização das mulheres na carreira, manutenção do emprego e pagamento mínimo no programa próprio de PLR.
O Encontro foi aberto com uma apresentação do balanço do banco, feito pela economista Vivian Machado, técnica do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), na subseção da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Foi apresentado o balanço do primeiro trimestre de 2021, no qual o Mercantil apresentou uma alta de 6% nos ativos do banco de março do ano passado ao mesmo mês deste ano, que atingiu R$ 10,7 bilhões. A carteira de crédito cresceu 34% no mesmo período e chegou a R$ 6,8 bilhões.
O lucro foi de R$ 51 milhões, uma alta de 10% em 12 meses e 4% no trimestre. O Índice de Basileia foi de 16,8%. O Índice de Basileia é usado para indicar a proporção entre o dinheiro do banco e o dinheiro que ele deve para outras entidades e pessoas. Sendo assim, ele serve como um dado importante na análise da saúde financeira de uma instituição.
O secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf, Mauro Salles, fez uma exposição dos impactos da covid-19 na categoria e as negociações feitas com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para preservar a saúde da categoria com protocolos de segurança e outras medidas para o enfrentamento da pandemia e suas sequelas. O secretário disse que o enfrentamento da Covid-19 pela categoria começou no início da pandemia, quando o Comando Nacional dos Bancários negociou com a Fenaban medidas de proteção e de prevenção.
O Encontro Nacional dos Funcionários do Mercantil do Brasil aprovou uma minuta para negociar com o banco. Questões apresentadas por bancárias e bancários de todo o país forma incluídas na proposta.
Propostas aprovadas no Encontro Nacional dos Funcionários do Banco Mercantil do Brasil:
Testagem, quinzenal, de covid-19 em todas as agências;
– Exigência de emissão de Comunicação de Acidente de trabalho (CAT) pelo próprio banco, entendendo que a covid é uma doença do trabalho;
– Valorização das mulheres, pois foi observada a discrepância entre os cargos de chefia ocupado por homens
– Manutenção do emprego no Mercantil do Brasil durante o período de pandemia de COVID19 e o fim das demissões e da rotatividade.
– Contratação de mais funcionários por agência.
– Reinvindicação de pagamento mínimo no programa próprio de PLR aos trabalhadores.
– Pelo fim do assédio moral no Mercantil do Brasil. Muitos bancários estão pedindo demissão por conta do assédio moral e por conta das metas abusivas.
– Negociação obrigatória com o COE o RETORNO SEGURO ao trabalho do pessoal (com comorbidade) que está afastado sem Home Office.
– Padronização na instalação de acrílicos em todas as mesas de atendimento a clientes do Banco Mercantil do Brasil, no prazo máximo de dois meses após a solicitação por parte dos sindicatos.
– Solicitar ao Banco que intervenha junto ao INSS que ocorra a ampliação do número de lotes enviados por semana, e não apenas às terças-feiras, como vem ocorrendo.
– Proibir a redução do recebimento de PLR dos trabalhadores em decorrência do encerramento de contas nas agências.
– Fim do ranking de comparação entre agências.
Fonte: Feebbase