A Câmara dos Deputados rejeitou e arquivou, nesta terça-feira (10), a proposta de emenda à Constituição (PEC) para o voto impresso em eleições, plebiscitos e referendos. Com a decisão da Câmara, o texto será arquivado, e o formato atual de votação e apuração fica mantido nas eleições de 2022. O tema também deixa de seguir para o Senado, o que ampliaria o discurso desestabilizador das eleições de Bolsonaro.
O resultado representa uma derrota para o presidente Jair Bolsonaro, quanto mais ele se desgastou com o tema sofrendo queixa crime, tornando-se réu em inquérito de fake news, além de atacar os demais poderes até com uma precária marcha militar.
Para ser aprovada, a PEC precisava de, no mínimo, 308 votos. No entanto, o texto elaborado pela deputada Bia Kicis (PSL-DF) teve o apoio de 229 deputados, o que representa 74% dos votos necessários. Outros 218 deputados votaram contra a PEC, e um parlamentar se absteve, o que também surpreendeu pela expectativa de uma maioria motivada pelo enorme desgaste dos últimos dias. Os 64 ausentes — entre os quais vários parlamentares de legendas governistas — contribuíram para a derrota de Bolsonaro.
Na última semana, os membros da comissão rejeitaram parecer favorável à PEC elaborado pelo deputado Filipe Barros (PSL-PR), da base de governo. Em seguida, aprovaram o relatório do deputado Raul Henry (MDB-PE) que recomenda o arquivamento do texto. Apesar disso, Lira decidiu pedir a opinião dos 513 deputados em plenário, considerando o modo como Bolsonaro tratou o tema como prioridade.
Confira a lista de deputado da BA que votaram a favor do voto impresso.
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