Além das quase 600 mil mortes, a pandemia do novo coronavírus está deixando sequelas preocupantes para o mundo, principalmente em nossa juventude. Um estudo de pediatria com 29 pesquisas em uma amostra de 80 mil crianças e adolescentes em todo o mundo, aponta que uma em cada quatro pessoas desse segmento está com sintomas de depressão,
e uma em cada cinco apresenta ansiedade.
Liderado por cientistas do Canadá e publicado na revista JAMA Pediatrics, da Associação Médica Americana, o estudo revela que dobrou o número de jovens com problemas mentais em relação ao mesmo período, anterior ao da pandemia do coronavírus. É a senha para governos e instituições darem mais atenção aos serviços de atendimento à saúde
mental infantojuvenil.
E um dos motivos é que, sem escola, muitas crianças tiveram de ficarem em casa, privadas de interação social, de atividade física e outros fatores importantes para o desenvolvimento.
A Universidade Estadual Paulista (Unesp) realizou estudo no Brasil sobre ansiedade em crianças. Em 2020, pelo menos 19,4% das crianças entre seis e 12 anos declararam ter sintomas de ansiedade. A taxa é similar ao estudo realizado no mundo.
No Brasil, Peru e Chile, a antecipação do que estava por vir disparou os números. Outro fenômeno na Colômbia e no México, após um pico de contágios, foi o relato de sensações de ansiedade. A porcentagem de pessoas que declaravam sensações de depressão também aumentou em quase todos os países durante o período pandêmico.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão é considerada como o “mal do século XXI”, atingindo 10% da população mundial.
Fonte: SBBA