Os bancos utilizam a ideia de meritocracia com os bancários como método para promover e destacar os melhores funcionários. No entanto, usam a mesma lógica para perseguir, assediar e demitir os empregados sem justa causa quando atingem determinado patamar salarial. Todos deveriam ser valorizados.
A partir da meritocracia, que estabelece uma relação direta entre mérito e poder, o setor costuma utilizar o método com os jovens trabalhadores e depois os descartam. É que a ideologia causa problemas de discriminação, exclusão, falta de transparência e a distorção de seu conceito. Nos bancos, é um modelo de gestão dúbio. Totalmente contraditório, excludente, ineficiente, que adoece, humilha e demite a categoria, ao invés de estimular.
A meritocracia não é uma boa ferramenta de valorização, pois é um método de exclusão que estimula um ambiente doentio de disputa individual, e não de colaboração coletivas. O que os bancários precisam é de garantia de emprego e qualidade nas relações com os bancos, a exemplo do plano de cargos e salários com critérios claros e transparência, negociação coletiva efetiva, planos médicos com preço justo e respeito à diversidade, entre outros pontos.
Ao usar essa lógica, os funcionários são cobrados por resultados ainda mais. Porém, alcançar as metas estabelecidas pelos bancos, sobretudo em um momento de crise vai além do esforço pessoal e individual dos trabalhadores. Quem se destaca e se sobrepõe e alcança metas com consequentes promoções e méritos, tem salários acima do score da área e se torna alvo de desligamentos sem justa causa.