Emprego, remuneração, horas negativas e o retorno ao trabalho presencial foram o centro dos debates da negociação entre a COE (Comissão de Organização dos Empregados) e a direção do Itaú, nesta quinta-feira (12/08).
Os trabalhadores reivindicaram mais transparência na implementação do programa GERA, dados sobre as horas devedoras dos funcionários do grupo de risco. Segundo dados apresentados pela empresa, em dezembro do ano passado 5.962 bancários estavam com horas negativas. Em junho eram 3.911, redução de 34%.
A queda se deu pela possibilidade de os funcionários realizarem teletrabalho, para não serem prejudicados. No entanto, os dirigentes sindicais querem saber como ficarão os bancários que estão em casa sem cumprir horas. Para estes casos, pediram uma revisão no prazo para compensação.
A COE reivindicou também o fim das demissões. De acordo com dados do Itaú, neste ano ocorreram 6.908 admissões e 3.640 desligamentos, com um saldo positivo de 3.268 postos de trabalho. Mas, os representantes dos trabalhadores reafirmaram posicionamento contrário às demissões. Também querem a criação de um Centro de Realocação para os funcionários.
O retorno ao trabalho presencial a partir de setembro é outra preocupação. O Itaú afirmou que a volta será voluntária e seguirá todos os protocolos vigentes na lei, ressaltando que vai manter o diálogo com os sindicatos sobre a forma do retorno.
Durante a reunião, foi entregue um documento à direção do banco com todas as reivindicações definidas no Encontro Nacional dos Funcionários do Itaú.
Fonte: SBBA