Lamentavelmente, o presidente Jair Bolsonaro dá mais uma demonstração de descompromisso com a saúde e a vida da população ao vetar da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) diversos dispositivos que previam verbas para o enfrentamento à pandemia em 2022.
Na nova legislação (14.194/2021), que entrou no DOU (Diário Oficial da União) desta segunda-feira (23/08), Bolsonaro barrou, entre outras coisas, um ponto que estipulava aumento de 50%, em relação a 2021, nos recursos para o desenvolvimento de vacinas.
Salvar o povo não está mesmo entre as prioridades do chefe do Executivo. O país acumula mais de 575 mil mortes pela Covid-19. Muitos dos óbitos evitáveis, já que o Brasil atrasou a compra de vacinas. Além disso, hoje apenas 34% da população tomaram a primeira dose do imunizante.
Bolsonaro também deu tesourada em outros pontos, já aprovados anteriormente pelo Congresso Nacional, como trechos que estabeleciam prioridade e metas para a administração pública federal em 2022.
Entre as medidas afetadas pelos cortes, campanhas de conscientização sobre prevenção e cuidados com a saúde, a ampliação da infraestrutura da rede de atendimento para pessoas com câncer e a atenção a pacientes com sequelas causadas pela Covid-19.
A tendência de arrocho no orçamento tem acontecido desde o golpe jurídico-parlamentar-midiático de 2016, a exemplo da aprovação do Teto dos Gastos, ainda no governo Temer (2016-2018) por meio da Emenda Constitucional 95. Com Bolsonaro, a política de corte foi aprofundada.
Fonte: SBBA