O preço dos combustíveis não para de subir, passando dos R$ 7,00 em alguns estados. Na Bahia, o litro da gasolina nas bombas custa, em média, R$ 6,20. A alta acumulada é de 37%, aponta o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A disparada afeta em cheio o bolso dos brasileiros. Toda a cadeia produtiva é afetada com os constantes reajustes e, milhões de pessoas, sem condições, estão cortando quase tudo, inclusive os alimentos. A crise é grave. Mas, como sempre, o governo Bolsonaro faz pouco caso e tenta transferir o problema para os Estados.
Ao contrário do que diz o presidente, a disparada do preço dos combustíveis, verificada a partir de 2017, nada tem a ver com o ICMS – imposto estadual. Na verdade, a mudança na política de preços da Petrobras, que passou a vigorar exatamente em 2017 e permanece intocada pelo atual governo, é a grande responsável pelos aumentos estratosféricos.
Embora o Brasil seja autossuficiente em petróleo, o que dita o valor dos combustíveis é a cotação do dólar. A moeda norte-americana atualmente está cotada, em média, a R$ 5,25, no caso do dólar comercial, usado em transações de negócios. Se há uma valorização, os preços são reajustados pela Petrobras. Uma política equivocada, colocada em prática depois do golpe jurídico-midiático-parlamentar para atender aos interesses do mercado internacional.
Paralelamente, existe uma super desvalorização acumulada do real. Em 2020, por exemplo, a moeda brasileira acumulou quase 22,4% de queda frente ao dólar, ficando como a 6ª moeda que mais se desvalorizou, segundo levantamento da consultoria Austin Rating.
No início de 2021, a desvalorização piorou e o Brasil ocupou a 4ª posição entre as moedas mais desvalorizadas, perdendo para países como Argentina, México e até nações muito pobres como Haiti e Libéria.
Fonte: SBBA