A política de austeridade do governo Bolsonaro tem levado a população, especialmente a mais carente, a recorrer à fila de açougue atrás de doação de ossos de boi ou para comprar cortes desprezados pela maioria das pessoas, como os pés e miúdos de galinha. Tudo para não morrer de fome.
Milhões de pessoas lutam diariamente no país para comer. Sem emprego e sem dinheiro, as famílias mais vulneráveis não conseguem comprar nada com a disparada nos preços dos alimentos básicos e do gás de cozinha, que já chega a mais de R$ 100,00 em algumas cidades. Milhares se arriscam e cozinham com álcool.
Tudo retrocede no Brasil de Bolsonaro. Quase 15 milhões estão desempregados e 19 milhões de brasileiros passavam fome em 2020. Em 2018, segundo dados da Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional), o país tinha 10,3 milhões de pessoas em situação de fome.
Como consequência, uma em cada três crianças está anêmica. O auxílio emergencial médio paga apenas 38% da cesta básica. Nem mesmo com o maior valor (R$ 375,00), os moradores da região metropolitana de São Paulo não conseguem comprar 60% dos produtos. Em 2020, o benefício era de, no máximo, R$ 1.200,00, e conseguia comprar duas cestas básicas e ainda sobrava. O país enfrenta o menor consumo de carne bovina em 26 anos.
Fonte: SBBA