Lamentavelmente, o trabalho análogo ao de escravo, uma violação dos direitos humanos, ainda persiste no Brasil. De janeiro a setembro, ações de fiscalização pelo país já resgataram 1.015 pessoas. Foram realizadas 234 operações e 102 estabelecimentos receberam autuação. Os dados são da SIT (Subsecretaria de Inspeção do Trabalho).
O total de resgatados em 2021 é maior do que o do ano passado (936) e se aproxima do registrado em 2019 (1.131). Segundo a SIT, Minas Gerais lidera a lista de irregularidades, com 54 operações e 420 trabalhadores encontrados. Depois surge São Paulo, com 135, e Goiás, com 102.
Ao todo 743 trabalhadores foram encontrados em áreas rurais e 272 em áreas urbanas. Desde a criação dos grupos móveis de fiscalização, que completa 26 anos em 2021, foram resgatadas 56.722 pessoas em condições análogas à escravidão.
Vale lembrar que o governo Bolsonaro fechou os acessos aos relatórios de transparência de fiscalização de trabalho análogo à escravidão no Brasil por tempo indeterminado. O presidente faz de tudo para facilitar a exploração. Chegou a dizer que as normas que tratam sobre o tema “têm que ser adaptadas à evolução”, sugerindo abrandar a legislação de combate à prática.
Fonte: SBBA