A vacinação não é prioridade do governo Bolsonaro. O PNI (Programa de Imunização Nacional), está há praticamente quatro meses sem chefia.
A falta de comando no órgão acontece em meio à pandemia de Covid-19 e também em um momento de queda das coberturas vacinais no país ao nível de 1980. Apesar de gratuita, segura e eficaz, a imunização ficou em 75%. O ideal é sempre acima de 90%. Em 2015, as taxas estavam próximas de 100%. A queda brusca pode ser associada ao negacionismo do governo Bolsonaro.
O presidente não só desestimula como mente descaradamente. Recentemente disse que a vacina da Covid-19 causava Aids, promovendo a desinformação e o caos.
No país, apenas 55,23% dos brasileiros estão totalmente imunizados com dose única ou duas doses. Já na dose de reforço, o percentual é ainda menor, 4,30%.
Os infectologistas alertam para o risco real de novas ondas da Covid e ainda para o ressurgimento de doenças como o sarampo. A vacinação, além de garantir a proteção coletiva, previne doenças agressivas e que podem deixar sequelas para o resto da vida.