Os ministros de Bolsonaro antecipam más notícias e previsões contra o povo. Agora, foi o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que disse ontem, que o preço do petróleo vai subir ainda mais. Em vez de anunciar medidas para contenção da inflação do gás, gasolina e diesel, como o fim da PPI, a política de preços internacionais da Petrobras, ele torna o fim de ano do brasileiro ainda mais sombrio.
Conforme antecipou Albuquerque, com a chegada do inverno no Hemisfério Norte, há um consequente aumento do consumo com as casas ligando os aquecedores. Com a baixa oferta de petróleo e alta nos preços de 60% só em 2021, ele considera inevitável a explosão de preços.
Ao contrário de países que não dispõem de farta extração de petróleo, o Brasil não tem dependência de importações, podendo oferecer preços internos melhores. No entanto, desde 2016, após o impeachment, a política de preços da estatal se alterou, fixando-se nas variações dos preços internacionais e na cotação do dólar.
Em audiência pública das comissões de Infraestrutura e temporária para discutir as causas da crise energética do Senado, ele justificou a alta de preços dos combustíveis em 2021. “Por que houve aumento? Principalmente pela alta do petróleo, 60% só em 2021, e com tendência, com a chegada do inverno no Hemisfério Norte, de subir um pouco mais”, declarou Albuquerque.
O discurso contradiz Bolsonaro que defendeu redução dos impostos estaduais sobre os combustíveis, como principal fator inflacionário. Apesar dos protestos dos governadores que perderam receita, e da evidente argumentação falaciosa, já que o imposto não se altera com a variação crescente de preços, a base do governo aprovou a mudança tributária na Câmara dos Deputados.