A multivacinação no Brasil está fragilizada. O negacionismo, desinformação e apoio do governo Bolsonaro a grupos antivacina têm atrapalhado a campanha, que já foi orgulho nacional, inclusive com ressurgimento de doenças praticamente erradicadas, como o sarampo. A cobertura vacinal de crianças teve grave queda em 2019 e em 2020 foi registrado o pior índice desde 1995.
Até 2015, a vacina BCG, aplicada em recém-nascidos para prevenção da tuberculose, chegou a 100% das crianças elencadas no público-alvo. No ano passado, chegou a apenas 73%, de acordo com levantamento da agência de dados Fiquem Sabendo.
No caso da vacina contra a hepatite B, também aplicada em recém-nascidos, chegou a 90% do público-alvo em 2015. No ano passado, caiu para 63%. Os imunizantes contra meningite, difteria, tétano, sarampo, poliomielite e hepatite A não chegaram a 80% das crianças que deviam ter sido vacinadas em 2020, sendo que antes tinham cobertura entre 95% e 112% do público estimado.
Fonte: SBBA