O povo viu, no primeiro semestre deste ano, 11,79% da renda familiar ser comprometida com pagamento de juros, além de cerca de 6% do PIB (Produto Interno Bruto) semestral. Segundo o FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), foram R$ 233,5 bilhões no período. O montante equivale a 73% do recurso injetado através do auxílio emergencial no ano passado.
Depois do aluguel, o gasto com juros é o segundo item entre as maiores despesas dos brasileiros, ultrapassando os custos totais, por ano, com educação, serviços e vestuário. Enquanto os bancos lucraram mais de R$ 20 bilhões de julho a setembro, o trabalhador tem de fazer malabarismo para pagar as contas de casa e se alimentar, quando consegue, com a inflação descontrolada.
No Brasil governado por Bolsonaro, as famílias brasileiras foram empurradas para um endividamento recorde entre julho e agosto passado. Pelo terceiro mês consecutivo, houve alta no percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso. Ao todo, 72,9% estavam endividadas, contra 71,4% em julho. Os dados são da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). Sem emprego e renda, em agosto, 11,89 milhões de famílias possuíam algum tipo de dívida.
