Apesar do descaso do governo Bolsonaro ao esvaziar a fiscalização trabalhista no país, 76 trabalhadores em condições análogas à escravidão foram resgatados de uma fazenda de produção de alho em Tapira (MG) em condições degradantes. As pessoas tinham de trabalhar, sem descanso, mais de 70 horas semanais, sendo que o limite legal é de 48 horas.
Os fiscais do Grupo Móvel de Fiscalização e Combate ao Trabalho Escravo encontraram alojamentos precários e pequenos. As pessoas ainda pagavam pelas ferramentas de trabalho e muitas não tinham EPIs (Equipamentos de Proteção Individual). Além disso, o empregador não adotou medidas de prevenção contra a Covid-19 e o período usado para vacinação era descontado.
Foram calculadas em R$ 494 mil de verbas salariais e rescisórias e os trabalhadores tiveram direito a indenização de R$ 4,5 mil, por danos morais, além de três parcelas de seguro-desemprego. Entre janeiro e setembro deste ano, 1.015 pessoas foram resgatadas em condições análogas à escravidão no país.
Fonte: SBBA