A principal característica do governo Bolsonaro durante os três anos de gestão foi a ocupação irresponsável e a destruição da máquina pública do Estado. A mais nova crise instaurada na Receita Federal, que resultou na entrega de cargos por centenas de auditores, é a prova de que o governo só se empenha em cortar cabeças de lideranças com alguma autonomia, aparelha e, depois, seca recursos.
A ação não foi exclusiva da Receita, mas órgãos, como Ibama, ICMbio, IPHAN, Funai e Fundação Palmares, tiveram trabalhos importantes de anos descontinuados somente pela imposição autoritária e ideológica do presidente. A tática mais utilizada é o corte sistemático de recursos, impossibilitando a autonomia e o funcionamento de instituições que cuidam do patrimônio brasileiro.
Com a ação realizada na Receita Federal, o governo deixa claro o objetivo de capturar os órgãos de Estado para que funcionem em torno dos objetivos escusos da família do presidente e dos seus amigos. Devido às inúmeras denúncias que rondam a autoridade, a “solução” é emparelhar criminosamente a máquina pública para sua defesa pessoal.
O resultado são órgãos, que outrora foram reconhecidos mundialmente pelo seu trabalho, sendo desfeitos por ataques do governo, que deveria preservar as instituições brasileiras. A história do país tem sido marcada pela atitude nefasta da gestão Bolsonaro, caracterizada pela destruição do patrimônio brasileiro.