A intenção de proteger as crianças contra a Covid-19 está diretamente ligada à percepção sobre a importância da vacinação. É o que aponta a pesquisa do Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados).
De acordo com o levantamento, 99% dos países consideram a campanha importante e pretendem imunizar os filhos. A intenção de vacinar as crianças é de 92% entre as famílias que não têm instrução ou estudaram até o ensino fundamental. Entre os que possuem ensino médio, é de 88%.
Além disso, 91% dos responsáveis por crianças de 5 a 11 anos que estudam na rede pública afirmam que vão vacinar os menores contra o coronavírus. O cenário muda totalmente entre os mais ricos e escolarizados. Quanto maior o poder aquisitivo, maior o negacionismo.
A intenção de vacinar cai com o aumento da escolaridade, reduzindo a 77% entre os que têm ensino superior e 73% entre os que têm renda acima de 3 salários mínimos.
Os dados deixam claro que os mais ricos, que normalmente têm mais acesso ao sistema de saúde, seja público ou privado, são os que dão menos importância para a vacinação contra a Covid-19. Vale reforçar que a imunização de toda a população é essencial para o controle da pandemia.