Em mais uma ofensiva para tentar aumentar horário de atendimento em suas agências, o banco Santander, sem qualquer tipo de negociação com o movimento de representação sindical dos trabalhadores, anunciou que vai atender clientes até às 18h. O expediente bancário normal se encerra às 16h.
O movimento sindical se reuniu na terça-feira (8) para avaliar os impactos desta mudança sobre os trabalhadores e, nesta quarta-feira (9), transmitiu as informações ao banco, que manteve a proposta.
Segundo o banco, o objetivo é promover a renegociação de dívidas de clientes. A ação, denominada “Semana Desendivida”, está prevista para a próxima semana, de segunda (14) até sexta-feira (18). Mas, para a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Lucimara Malaquias, a extensão do horário de atendimento não é algo pontual, como o banco tenta demonstrar. “O que está em andamento no Santander é um projeto de gestão que não respeita, não negocia e não ouve os trabalhadores, decide tudo sozinho, implementa e atropela todos os envolvidos no processo. Uma gestão que não respeita o acordo coletivo e nem dispositivos internacionais que obrigam a negociação”, disse.
Semana “desendivida”
Sem qualquer tipo de negociação ou anuência do movimento sindical, o banco Santander definiu alguns pontos para o que está chamando de “semana ‘desendivida’”:
As agências funcionarão das 9h às 10h para atendimento preferencial para o grupo de maior risco;
Das 10h às 16h para o público em geral;
Das 16h às 18 horas, ficarão fechadas para o público em geral e permanecerá um funcionário no autoatendimento para realizar a triagem dos clientes que desejarem renegociar dívidas.
Os caixas serão dispensados às 16h.
Participarão da ação todos os funcionários com cargo de gerência. Ao longo da semana, dependendo da demanda, podem ocorrer ajustes para mais, ou para menos, no quadro de funcionários convocados;
Vigilantes e equipes de limpeza permanecerão nas agências até às 18h;
Caso haja extrapolação de jornadas, estas serão compensadas e não pagas.
Com essa atitude reincidente, o Santander demonstra novamente a falta de compromisso e respeito com o trabalhador bancário. Nesse contexto é importante que os bancários e bancárias participem das ações sindicais, fortalecendo a luta por melhores condições de trabalho.
Fonte: Contraf