Uma realidade triste. O número de jovens brasileiros de 7 a 14 anos exercendo algum tipo de trabalho infantil pode ser cerca de sete vezes maior do que apontam as estatísticas oficiais. No país, 5,7 milhões de crianças estão nessa situação.
Os dados oficiais e mais recentes da WDI (World Development Indicators) mostram, no entanto, que 2,5% das crianças brasileiras trabalhavam em 2015, o equivalente a 738,6 mil pessoas.
A situação real é bem diferente. É o que aponta estudo feito por pesquisadores da Universidade de Zurique (Suiça) e da Pensilvânia (EUA), que segue dados agregados pela OIT (Organização Internacional do Trabalho), que têm como base pesquisas realizadas em diferentes países.
Os parâmetros utilizados para definir o trabalho infantil seguem as definições de organismos internacionais, como o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância). De acordo com os pesquisadores, na verdade, o percentual de criança trabalhando chega a 19,15%, afetando 5,658 milhões de jovens.
Na comparação com países latinos, o Brasil tem situação melhor do que Argentina, Bolívia e Colômbia, que possuem percentuais entre 20,3% e 34,9%. No caso da Costa do Marfim, a taxa chega a 50,8%.
Trabalho infantil consiste em toda atividade econômica ou de autoconsumo perigosa ou prejudicial à saúde física e mental das crianças. Além de interferir na escolarização dos jovens. No Brasil, a subnotificação e deficiência de políticas públicas interferem neste cenário.
Fonte: SBBA