Na semana passada, a coluna revelou depoimentos e áudios que expuseram os acessos de fúria de Pedro Guimarães, agora ex-presidente da Caixa Econômica Federal, em reuniões com funcionários do banco.
Agora, a coluna teve acesso a novos áudios de uma reunião realizada no final do ano passado na qual o então presidente da Caixa esbravejou contra uma decisão que, na prática, o faria perder mais de R$ 100 mil reais por mês.
A mudança no regimento interno, que tinha acabado de ser aprovada, estabelecia um limite à participação do próprio Pedro Guimarães e de outros executivos em conselhos de subsidiárias da Caixa e de empresas privadas das quais o banco é sócio.
O Tribunal de Contas da União (TCU) iniciou investigação sobre o ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães, pelas denúncias de assédio sexual e moral cometidas contra empregadas da entidade divulgadas na semana passada. Guimarães deixou o cargo após o caso ter-se tornado público.
A apuração pelo TCU atende a pedido do Ministério Público de Contas, feito pelo subprocurador Lucas Rocha Furtado. O órgão relata que será apurado se “Pedro Guimarães, no exercício da presidência da Caixa Econômica Federal, cometeu assédio sexual e moral contra empregadas e empregados daquela instituição financeira pública, o que, além de caracterizar prática criminosa, configura flagrante violação ao princípio administrativo da moralidade”.
A imprensa tornou público, na semana passada, que várias empregadas da Caixa haviam denunciado o então presidente da entidade por assédio sexual ao Ministério Público Federal (MPF). Os testemunhos relatam toques em partes íntimas sem consentimento, falas e abordagens inconvenientes e convites incomuns e desrespeitosos, incompatíveis com qualquer ambiente de trabalho.
Confira os áudios:
“Vai vazar para me desgastar”
“Não acredito em erro aí”
“Nunca aceitei ficar restrito a dois conselhos”
Fonte: Brasil247