Os bancos cortaram 433 postos de trabalho em maio, resultado de 3.172 admissões e 3.605 desligamentos no período. O setor fechou vagas pelo terceiro mês consecutivo, o que resulta em menos 800 empregos em 2022, o que preocupa ainda mais os bancários que já sofrem com a sobrecarga de trabalho e a superlotação das agências.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram ainda que 74,4% (322) das vagas foram fechadas por Bancos Múltiplos com carteira comercial, categoria em que se enquadram Bradesco, Itaú, Santander e Banco do Brasil. Como sempre, os bancos mantiveram a tática de demitir funcionários mais experientes e com salários maiores e contratar outros mais jovens e com salário base menor. Em maio, os contratados receberam 88,5%, daqueles que se desligaram. A medida visa o corte de custo, mas pode impactar na produtividade e resultado, o que nem sempre compensa.
No acumulado dos últimos 12 meses o saldo é positivo no setor, com a criação de 8,3 mil postos de trabalho. Em grande parte, o resultado reflete o impacto das contratações na Caixa, a partir de decisão judicial favorável à contratação de trabalhadores aprovados no concurso de 2014. No ano, o setor acumula criação de 2,7 mil postos.
Sobre a distribuição da movimentação do emprego com recorte de gênero, observa-se que o saldo negativo, em maio, se deu entre as mulheres (-546 postos), enquanto entre os homens foi positivo (+113 postos). No ano, os desligamentos foram maiores entre as mulheres (-7.946 postos) em relação aos homens (-7.182 postos). Já nas admissões, são 10.380 postos destinados a homens contra 7.523 a mulheres. Assim, o saldo entre janeiro e maio de 2022, é negativo para bancárias, com a eliminação de 424 postos, e positivo para bancários, com abertura de 3.198 postos.
Fonte: Feebbase