Além dos problemas inerentes ao dia a dia que os trabalhadores enfrentam, como doenças ocupacionais e ataque aos direitos, quem fica mais tempo na frente do computador ou celular por conta do teletrabalho é mais suscetível ao adoecimento mental. Na pandemia de Covid-19, junto com o aumento da jornada, o trabalho remoto colaborou para a alta de casos de ansiedade, estresse, depressão e Síndrome de Burnout.
Em novembro do ano passado, levantamento feito pela rede social LinkedIn mostra que durante a pandemia 62% das pessoas estavam mais ansiosas e estressadas com o trabalho do que antes, no presencial. São horas digitando, em reuniões on-line ou respondendo mensagens de trabalho a qualquer momento.
O movimento sindical tem cobrado nas negociações coletivas a regulamentação do teletrabalho. É o caso dos bancários, que conquistaram no início da pandemia alguns direitos, como ajuda de custo e equipamentos para o trabalho, mas negociam atualmente pontos como o controle da jornada na campanha salarial.
O adoecimento pode ser evitado com a desconexão e o estabelecimento de uma rotina de trabalho sem autoexploração. Entre junho de 2020 e maio de 2022, o tempo que o trabalhador ficou em atividades digitais cresceu 85%. A jornada de trabalho aumentou em 6,7%, ultrapassando 60 horas semanais e a quantidade de reuniões como a comunicação eletrônica, por meio de WhatsApp aumentou em 20%. Os dados são do estudo da Fhinck.
Fonte: SBBA