A situação dos trabalhadores no Brasil é preocupante, sobretudo com a precarização das relações entre empregado e empresa desde a aprovação da reforma trabalhista. Para se ter ideia, de 2012 a 2021 foram registradas 23 mil mortes no mercado de trabalho formal no país.
Somente em 2021 ocorreram 578 mil acidentes e 2.487 mortes associadas ao trabalho, elevação de 30% na comparação com 2020, segundo levantamento do Observatório de Saúde e Segurança do Trabalho, ligado ao MPT (Ministério Público do Trabalho). Os dados comprovam a insegurança e o descaso das empresas com os funcionários nos ambientes de trabalho.
No setor financeiro, o cenário também é preocupante. De acordo com o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), 42.138 mil bancários tiveram o direito ao benefício acidentário por conta de doenças e acidentes relacionados ao trabalho desde 2012. Além disso, 56.670 tiveram reconhecido o afastamento por doença comum, sendo que 54% dos casos são referentes às doenças características do trabalho bancário, como transtornos mentais e LER/Dort.
Embora os números sejam assustadores, os bancos fecham os olhos e na mesa de negociação com o Comando Nacional dos Bancários negaram que as doenças tenham ligação com o ambiente de trabalho. Descaso total.