Diante da necropolítica imposta pelo governo Bolsonaro, o povo brasileiro tem penado sem trabalho. Para sobreviver, milhões têm de fazer bico. O número de trabalhadores informais chegou a 39,3 milhões no trimestre encerrado em julho. São 559 mil a mais do que no trimestre encerrado em abril.
No total, 39,8% da população ocupada vivem na informalidade, aponta a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na comparação com o mesmo período de 2021, são mais 13,1 milhões no mercado de trabalho informal.
Ainda tem o trabalhador por conta própria (aquele com CNPJ). Em julho, o grupo era formado por 25,873 milhões de pessoas, alta de 3,5% ante abril. Importante destacar que o fato de ser CNPJ não garante nada. Muitos são precarizados.
A pesquisa mostra ainda aumento de pessoas subutilizadas, ou seja, que queriam trabalhar mais. São 24,307 milhões. Os desalentados – brasileiros que desistiram de procurar trabalho por conta da escassez – somam 4,229 milhões.
Ainda de acordo com a Pnad, o Brasil encerrou julho com queda na taxa de desemprego. Em números, 9,882 milhões estão sem trabalho. O aumento da informalidade e do trabalho por conta própria explicam a redução.
Rendimento
O rendimento das famílias está encolhendo. Na comparação com o ano passado, a renda das pessoas com carteira assinada obteve queda de 3,1% no setor privado e 11,6% no público.