A vida é a melhor escolha! Com esse lema, o Setembro Amarelo, que ocorre desde 2014 no Brasil, engloba uma série de ações de prevenção ao suicídio, em especial baseadas na difusão de informação. Segundo os responsáveis pela iniciativa, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM), essa é a maior campanha antiestigma do mundo.
Conforme a última pesquisa sobre o tema, realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019, são registrados mais de 700 mil casos por ano em todo o mundo, mas estima-se que esse número seja de até 1 milhão. No Brasil, são notificados cerca de 14 mil por ano, ou seja, 38 pessoas em média cometem suicídio por dia no país.
Como ajudar
Todas as pessoas devem atuar na prevenção do suicídio. Essa postura nem sempre é fácil de ser adotada, pois o assunto ainda é visto como um grande tabu. Conforme orientações das entidades médicas, como a APD, o CFM e a OMS, a primeira e principal iniciativa pessoal para isso é informar-se.
Como o pensamento de uma pessoa que está considerando se matar passa a ser controlado por seu sofrimento emocional, é fundamental que quem está próximo dela consiga identificar
essa sua condição, saiba ouvi-la sem julgamentos, demonstre empatia e possa encaminhá-la aos cuidados de um psiquiatra, que é o profissional capaz de salvá-la.
Bancários e bancárias
A categoria bancária é uma das que apresentam alto índice de suicídio no Brasil. Entre 1993 e 1995, por exemplo, quando ocorreram várias privatizações e reestruturações no setor, foram registrados 72 suicídios entre bancários, ou seja, um a cada 15 dias. Outro levantamento, mostra que de 1996 a 2005 foram 181 casos, ou um a cada 20 dias.
Pesquisa sobre sequelas da covid-19, desenvolvida pela Contraf-CUT, mostrou, por exemplo, que 67,1% dos bancários e bancárias sentem quase o tempo todo a cabeça cheia de preocupação e que 45% nunca ou quase nunca se sentem alegres.
Fonte: Contraf