Apesar da queda, em agosto, dos preços dos produtos que compõem a cesta básica, no acumulado do ano houve alta em todas as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese. O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos aponta que a única exceção no mês passado foi Belém, com aumento de 0,27% nos produtos.
No acumulado do ano, as maiores elevações ocorreram em Belém (14%), Aracaju (12,87%) e Recife (12,35%). Nos 12 últimos meses, as altas variam de 12,55% (Porto Alegre) a 21,71% (Recife). Praticamente o dobro da inflação oficial, 8,73%. Em agosto, a cesta básica da cidade de São Paulo foi a mais cara, R$ 749,78. A mais barata foi verificada em Aracaju, R$ 539,57.
O Dieese também calculou em R$ 6.298,91 o salário mínimo necessário para cobrir as despesas de uma família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. O valor é 5,20 vezes maior do que o piso atual, de R$ 1.212,00.
A pesquisa mostra ainda o tempo médio necessário para adquirir os produtos, 119 horas e 8 minutos. Em média, o trabalhador remunerado pelo salário mínimo comprometeu 58,54% da renda líquida com a cesta básica, ante 55,93% em agosto de 2021.
Fonte: SBBA