DENÚNCIAS DE ASSÉDIO ELEITORAL JÁ CHEGAM A 903 CASOS

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A quantidade de denúncias registradas pelo Ministério Público do Trabalho tem subido diariamente. Até dia 17 eram 376 casos de assédio eleitoral. Sindicalista diz que setor patronal defende Bolsonaro porque o governo retira direitos dos trabalhadores

As denúncias de assédio eleitoral a trabalhadores vêm crescendo a cada dia. O Ministério Público do Trabalho (MPT) registou 903 casos, envolvendo 750 empresas. O número é quatro vezes maior que o registrado em 2018, quando houve 212 denúncias contra 98 empresários.

O número de casos podem aumentar ainda mais até o dia 30 de outubro, quando acontece o segundo turno das eleições presidenciais, pois as denúncias tem subido a cada dia. No dia 17 por exemplo, eram 376 denúncias de assédio eleitoral

Muitos trabalhadores começaram a denunciar a tentativa de coação dos patrões, após os primeiros casos virem a público na grande imprensa.

O assédio eleitoral ocorre na tentativa de empresas e/ou empregadores de influenciar no voto dos empregados, seja por meio de ameaças, como demissão, ou oferecendo algum tipo de benefício, nesse caso, folgas e bônus. A conduta, no entanto, pode caracterizar crime. Segundo o MPT, a região Sudeste é a que mais contabiliza casos até o momento, com 382 denúncias. O estado de Minas Gerais é o segundo com maior número de registros, totalizando 254.

O ranking é seguido pela região Sul, com 261 casos de coação eleitoral no ambiente de trabalho. Nos episódios que vieram a público até agora, o denominador comum é o pedido de votos no atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), ou contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Como ocorreu na empresa Stara, de máquinas e implementos agrícolas sediada no Rio Grande do Sul. No local, o empresário Marcelo Dominici, do Grupo Terra Boa, foi filmado fazendo um discurso de 15 minutos para os trabalhadores pedindo votos em Bolsonaro.

As entidades sindicais estão atuando para combater o assédio eleitoral nas empresas. Além de realizar manifestações para informar o trabalhador sobre seus direitos, as centrais sindicais lançaram também um site para receber denúncias sobre este tipo e crime. O site Assédio Eleitoral é Crime pode ser acessado no endereço https://assedioeleitoralecrime.com.br.

A denúncia é a anônima e será encaminhada ao MPT.

Fonte: Feebbase

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