A Amazônia teve o 3º maior índice de desmatamento para o mês de outubro, segundo dados do programa Deter do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), cuja série histórica foi iniciada em 2015. O montante totalizou 813,2 km² de mata derrubada.
Como o Deter (Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real) tem como objetivo principal auxiliar na elaboração de políticas públicas, os números obtidos por ele costumam ser menores do que os calculados pelo Prodes, sistema oficial de medição do desmate. Além disso, o mês foi medido apenas até o dia 28 de outubro.
2022 é o pior ano da série
Já de janeiro até o dia 21 de outubro, o Deter contabilizou 9.277 km² de desmatamento na Amazônia Legal, a pior marca da série histórica anual. Essa taxa superou todo o ano de 2019 — até então, o pior ano do governo Bolsonaro, com 9,178 km² de mata derrubada.
Durante todo o governo de extrema-direita, os índices anuais de desmatamento superaram os 8.000 km², enquanto a maior marca dos anos anteriores havia ocorrido em 2016, quando foram registrados 6.032 km². A menor taxa ocorreu em 2015, com 2.195 km² de desflorestamento.
Brasil na COP27
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participará da Conferência das Partes das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP), que acontece dos dias 6 a 18 de novembro no Egito, a convite do próprio presidente egípcio, Abdel Fatah Al-Sissi.
Por outro lado, Bolsonaro não irá ao evento. O atual ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, viajará para a conferência apenas na segunda semana. Ele deve centrar sua participação na defesa do Brasil enquanto potência energética verde, apesar de seu governo ter oferecido incentivos à indústria termelétrica e batidos seguidos recordes de desmatamento.
Fonte: Vermelho