Numa tentativa desesperada de se reeleger, Bolsonaro esvaziou os cofres da União levando a um apagão da máquina pública. Para não furar ainda mais o teto de gastos, o Ministério da Economia anunciou um novo bloqueio adicional de R$ 5,7 bilhões do Orçamento. Ao levar em conta o corte de R$ 10,5 bilhões e o contingenciamento de R$ 9,7 bilhões, o bloqueio total chegará a R$ 15,4 bilhões.
A informação divulgada no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 5º bimestre revela que o atual mandatário e o ministro da Economia, Paulo Guedes, quebraram o país.
De acordo com os técnicos, a medida visa evitar um estouro no teto de gastos, mas os efeitos colaterais estão sendo perversos. A pouco mais de um mês do fim do mandato, Bolsonaro está deixando um desgoverno com dificuldade de entregar serviços em todas as áreas.
O próprio secretário especial do Tesouro e Orçamento da Economia, Esteves Colnago, reconheceu que a situação é crítica. “Vai ser muito difícil com o bloqueio. O governo nunca passou (um ano) tão apertado assim. Haverá, eventualmente, falta de atendimento de serviços prestados do governo, mas chegaremos ao fim do ano”, disse.
Para se ter ideia, a Polícia Federal (PF) foi obrigada a suspender a emissão de passaportes por falta de verbas. Integrantes do grupo de transição sobre Segurança de Lula disseram à GloboNews que há um “desmonte financeiro” em curso na PF e na Polícia Rodoviária Federal (PRF), que decidiu limitar os serviços de manutenção de viaturas em razão de questões financeiras.
Fonte: Vermelho