Com um salário que não dá para nada, o brasileiro tem feito de tudo para pagar as dívidas. Mas nem sempre consegue quitar todos os débitos, inclusive, a inadimplência do consumidor vai a 5,9%, a mais alta desde 2017. Uma das causas é que os juros no rotativo do cartão de crédito para pessoas físicas ficaram em 399,5% ao ano em outubro.
Segundo o Banco Central, em divulgação nesta segunda-feira (28/11), é a maior taxa desde agosto de 2017, quando ficou em 428%. A taxa de juros no cheque especial caiu para 132,5%, contra 134,3% ao ano registrada em setembro.
No crédito livre, que não considera recursos direcionados ou subsidiados, como financiamento habitacional, a inadimplência ficou em 4,2%. O indicador considera os atrasos nos pagamentos superiores a 90 dias.
Para piorar, em média, as famílias brasileiras comprometem 28,7% da renda com o pagamento de dívidas. A parcela de comprometimento do rendimento é de 26,6% mesmo quando retirado da conta o crédito habitacional, que é um financiamento de longo prazo.
Fonte: SBBA