MERCADO DE TRABALHO CONTINUA DESIGUAL PARA AS MULHERES

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A luta das mulheres por direitos garantiu muitas conquistas ao longo do tempo, mas o mercado de trabalho continua sendo um campo hostil, onde a igualdade de oportunidades e remuneração ainda está distante.

Dados divulgados ontem pelo Dieese nesta, as mulheres representam 44% da força de trabalho no Brasil, mas são 55,5% dos desempregados. Isso se reflete em uma taxa de desocupação de 11% entre as mulheres e de apenas 6,9% para os homens.

O estudo tem como base os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC) do IBGE no 3º trimestre de 2022. Ele mostra que do total de pessoas fora da força de trabalho, 64,5% eram mulheres. Desse percentual, 5,7% delas estavam em situação de desalento, circunstância em que as pessoas querem trabalhar e estão disponíveis para o trabalho, mas não procuram colocação por acreditarem que não vão encontrar uma vaga ou ainda por não terem experiência ou serem muito jovens. Do total de desalentados, 55,5% eram mulheres.

A situação é desigual também para as mulheres empregadas. Em termos de rendimentos, as mulheres ganharam, em média, 21% a menos do que os homens – o equivalente a R$ 2.305 para elas e a R$ 2.909 para eles. Por setor de atividades, mesmo quando as mulheres eram maioria, elas recebiam menos, em média. Nos serviços domésticos, por exemplo, as trabalhadoras representavam cerca de 91% dos ocupados e o salário foi 20% menor do que o dos homens. No grupamento educação, saúde e serviços sociais, elas totalizaram 75% dos ocupados e tinham rendimentos médios 32% menores do que os recebidos pelos homens.A questão da desigualdade é preocupante e deve ser enfrentada por toda a sociedade, garantindo oportunidades e salários iguais para homens e mulheres.

Fonte: Feebbase

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