Depois de o Comando Nacional dos Bancários cobrar o aprimoramento dos canais contra assédio moral, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) se comprometeu a acolher as pautas de reivindicação da categoria para combater a violência de gênero e contra a desigualdade no trabalho.
A Fenaban ficou de apresentar o resumo da negociação sobre Igualdade de Oportunidades, realizada terça (14). A direção dos bancos ainda neste mês pretende discutir também sobre a queda na contratação de mulheres, especialmente nas áreas de TI (Tecnologia da Informação).
O Dieese mostrou ainda as desigualdades salariais no mercado de trabalho. Em geral, as mulheres ganham, em média, 21% a menos do que os homens. Na categoria bancária a diferença é maior.
A remuneração delas é 22,2% inferior à dos trabalhadores do sexo masculino. A mulher preta é mais discriminada. O salário da bancária preta é, em média, 40,6% inferior à do funcionário branco.
Quando o recorte é feito por grau de escolaridade, a desigualdade aumenta. As mulheres com ensino médio completo ganham 80,6% do salário dos homens. Entre as pessoas com doutorado, há uma ligeira queda, 78,5%. A luta dos bancários é pelo fim da desigualdade de gênero na categoria.
Fonte: SBBA