O jornal O Globo revelou que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), durante as trevas de Jair Bolsonaro, monitorou ilegalmente mais de 10 mil celulares para rastrear a localização dos seus usuários. Diante da gravíssima denúncia do estado policial fascista, o ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou a abertura de investigação da Polícia Federal. O Ministério Público Federal (MPF) também já entrou no caso. O general-terrorista Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), será um dos alvos da apuração.
Programa “FirstMile” custou R$ 5,7 milhões
Segundo documentos revelados pelo jornal, a Abin usou um programa secreto para rastrear a localização de pessoas. Na prática, qualquer celular poderia ser monitorado sem justificativa oficial – o que é ilegal. A contratação do serviço, feita em caráter sigiloso, ocorreu em 26 de dezembro de 2018, nos estertores do governo golpista de Michel Temer. Mas a arapongagem foi plenamente usada nos três primeiros anos do covil fascista de Jair Bolsonaro. Até mesmo agentes da Abin foram rastreados, conforme revelou O Globo.
De acordo com a reportagem, a ferramenta “FirstMile” permitia monitorar os passos de até 10 mil proprietários de celulares a cada 12 meses e possibilitava identificar a “localização da área aproximada de aparelhos que utilizam as redes 2G, 3G e 4G”. Ainda segundo o jornal, o programa de monitoramento foi desenvolvido pela empresa israelense Cognyte e comprado por R$ 5,7 milhões no fim de 2018. O uso da ferramenta gerou críticas até de agentes da Abin, uma vez que a agência não possui autorização legal para acessar dados privados. Agora, os envolvidos estão na mira!
Fonte: CTB