O resultado da primeira consulta feita no estudo com 607 bancários, promovido pelo Departamento de Neurologia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, mostrou que dos empregados que sentiram os efeitos da Covid-19 por mais de quatro dias, 62,5% apresentaram redução do Índice de Capacidade para o Trabalho. O levantamento ainda apontou que os sintomas mais frequentemente associados com a diminuição foram fadiga (93,2%), depressão (68,2%) e ansiedade (76,8%).
O objetivo da pesquisa foi investigar os sintomas associados com a redução da capacidade para o trabalho, em indivíduos com síndrome da Covid longa. Depois de um ano após a primeira entrevista, a avaliação longitudinal feita com 180 trabalhadores detectou que 48% ainda apresentavam fadiga, 38% tinham sinais de ansiedade e 52% relataram problemas de memória.
A avaliação foi feita com os bancários depois de 200 dias, em média, após o diagnóstico de Covid-19. A avaliação dos impactos dos chamados casos leves da doença sobre a saúde e a
capacidade de trabalhar é fundamental. Dos casos analisados no estudo, 83% tinham tratamento domiciliar, sem hospitalizações.
A pesquisa trouxe informações importantes para que os sindicatos e empresas discutam e até mesmo implementem ações de reconhecimento de casos de Covid longa para adotar práticas terapêuticas multiprofissionais de reabilitação. Uma delas foi o fato de os sintomas neuropsiquiátricos da doença prolongada afetar negativamente a capacidade de trabalho, meses após a infecção.
Fonte: Feebbase