A transição dos anos predatórios de Jair Bolsonaro (PL) para o governo de reconstrução do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já começa a resultar em avanços na área ambiental. Os dados que dizem respeito à região amazônica comprovam a mudança.
De acordo com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o desmatamento na Amazônia Legal caiu 31% no acumulado de janeiro a maio deste ano, em comparação com período similar de 2022. Os dados, baseados no Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), disponível na plataforma TerraBrasilis, foram divulgados quarta-feira (7)
“Foram 1.986 quilômetros quadrados (km²) de área desmatada nos primeiros meses deste ano contra 2.867 km² de área desflorestada entre janeiro e maio de 2022. Esse número representa uma reversão da tendência de desmatamento, que chegou a aumentar 54% no segundo semestre do ano passado”, lembra a Agência Brasil.
João Paulo Capobianco, secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), comemorou os números. Em entrevista coletiva, ele lembrou o legado da gestão bolsonarista na Amazônia Legal e deu novas estatísticas sobre a redução da área desmatada.
O MMA estima que 46%do desmatamento neste ano ocorreu em imóveis rurais da Amazônia com registro público no Cadastro Ambiental Rural (CAR); 21% em assentamentos rurais; e 15% em áreas de florestas públicas não destinadas. Assim, o governo é capaz de identificar o responsável pelo terreno e aplicar multa na maior parte das áreas desmatadas.
Os municípios da Amazônia Legal que mais concentram desmatamento são Feliz Natal (MT, 8,8%); Apuí (AM, 6,8%) e Altamira (PA, 4,9%). “Ao todo, são oito municípios no Mato Grosso, seis no Amazonas, quatro no Pará, um em Rondônia e um em Roraima. Juntos, responderam por uma área desmatada de quase 2 mil km²”, informa a Agência Brasil.
O desmatamento ilegal, sem autorização, já resultou na aplicação de mais de R$ 2 bilhões em multas só em 2023 – uma alta de 179% na comparação com o ano passado. Conforme o Ibama, foram emitidos 7.196 autos de infração. Mais de 2,2 mil fazendas, glebas ou lotes rurais foram embargados.
Fonte: Vermelho