Indiscutivelmente, o avanço da tecnologia é bom. Reduz distâncias, torna o dia a dia mais prático, facilita processos que demandariam muito tempo. Mas, a modernização não pode ser usada como artifício para cortar postos de trabalho e reduzir a oferta de serviços, como fazem os bancos.
Nos últimos anos, as empresas aceleram a automatização. Hoje, é possível fazer quase tudo pela internet ou mobile banking. No entanto, se o cidadão precisar ou preferir atendimento humanizado vai ter problema. Os bancos fecham agências e demitem em massa.
Somente na Bahia mais de 170 unidades foram desativadas e a imensa maioria dos funcionários, mandada embora. Um desrespeito à nação. O Bradesco é o que mais fecha agências, com 82 unidades desativadas nos últimos quatro anos, seguido pelo BB, menos 60.
Importante lembrar que as empresas públicas passaram por reestruturações nos governos Temer e Bolsonaro que resultaram em vendas de ativos, perdas de postos de trabalho e de agências. Um atraso.
O movimento sindical defende uma política equilibrada, para que a tecnologia seja usada de forma a complementar o trabalho e não para substituir a mão de obra e as estruturas físicas. Não se trata de condenar o avanço da automação, mas, sim, garantir o uso benéfico para todos.
Fonte: SBBA